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domingo, 17 de setembro de 2023

O CANHÃO E OS FRANGOS

Cientistas americanos publicaram um artigo descrevendo um de seus dispositivos mais engenhosos. Ele tentava testar a resistência dos pára-brisas das aeronaves e consistia em um canhão que disparava galinhas mortas contra o vidro da aeronave testada. O teste é muito preciso, recriando a velocidade com que um pássaro colide com a aeronave em voo. Em teoria, se um pára-brisa for à prova de impacto, certamente poderá resistir a uma colisão com um pássaro voando. Na verdade, o aparelho funcionou tão bem que foi testado centenas de vezes nos Estados Unidos. Acadêmicos portugueses que desenvolviam locomotivas de ultra velocidade descobriram essa informação e se interessaram pelos canhões de frango, considerando aplicar a ideia nos pára-brisas de novos trens que já estavam em fase final de projeto. Entraram em contato com os norte-americanos, pegaram emprestado um canhão e começaram a testá-lo.

No primeiro tiro, a galinha quebrou o vidro dianteiro do trem, quebrou o painel, quebrou a cadeira do maquinista, feriu dois técnicos e foi parar no fundo da locomotiva, batendo na parede traseira amassando o metal.

Os portugueses ficaram completamente perplexos com este resultado surpreendente e violento. Eles registraram a cena em detalhes. Eles produziram fotos digitais, registraram depoimentos de testemunhas oculares, prepararam documentos técnicos e enviaram por e-mail todas essas informações perguntando o que haviam feito de errado.

O cientista norte-americano debruçou-se sobre os documentos que recebeu,  analisou cuidadosamente as informações dos portugueses e respondeu num e-mail direto e seco:

DESCONGELEM O FRANGO

Adaptação Mário Sérgio - Domínio público